Fico triste quando economistas com boa bagagem acadêmica e experiência de Governo, alardeiam que é preciso crescer o PIB e o consumo interno a qualquer custo, pois assim os problemas econômicos do Brasil estarão resolvidos. Como sei que eles sabem que isto é uma asneira – uma estúpida falácia – só posso atribuir isto à má fé e interesses particulares. Esta é uma tese absurda, que se assemelha àquela que insiste que aumentar faturamento é a única forma de uma empresa se viabilizar.
Queda no PIB, aumento da inflação e do desemprego não são as causas das mazelas da economia brasileira. São sim, a consequência de um conjunto de causas interrelacionadas, que os governos insistem em relegar a um segundo plano, desde os idos tempos, talvez por seus interesses particulares. Olhem os interesses particulares – agora de economistas e governo – por aqui novamente.
Esqueçam o PIB, o desemprego e a inflação, e vamos ajustar o país – como faríamos numa empresa deficitária – às suas realidades, e atacar de frente os seus reais problemas:
- Excesso absurdo de quadros nos 3 poderes da república e o decumprimento dos orçamentos públicos;
- Complexidade e extensão da malha fiscal e da burocracia;
- Sonegação em níveis inaceitáveis;
- Gastos suntuosos em tudo o que é público, com as verbas de representação, publicidade, assessorias, contratos escusos etc…;
- Corrupção desenfreada. Da compra do dia a dia das empresas públicas aos grande contratos;
- Projetos deficitários, apoios a organizações com interesses políticos, e sem compromisso de retorno financeiro;
- Economia muito fechado ao exterior;
- Uma Constituição tosca, nomeadamente nos compromissos perenes de benefícios, sem considerar a capacidade do País de honrá-los;
- Inexistência de acordos comerciais com parceiros credíveis.
Vou parar em 9, pois são 10 os Mandamentos propostos pela Igreja Católica para a salvação eterna de todos. Acho que 9 são suficientes para salvar o Brasil.
O impacto destas ações terão consequências milagrosas. Com isto vamos ganhar credibilidade internacional e junto à população, para suportarmos os 3 ou 4 anos duros do ajuste; passar a ter superávits nas contas internas; aumento da arrecadação de impostos sem aumento de alíquotas de impostos. Queda da inflação e, pela confiança, retoma dos investimentos e no nível de emprego.
Em tempo: Com isto, em 3 anos, o PIB voltará a crescer, não como vôo de galinha ou perdiz, mas semelhante ao vôo migratório dos gansos.
RL
Cascais, 10nov15

Não poderia deixar de comentar sobre a receita, uma vez que sobre política econômica, deixou de ser do meu interesse, simplesmente por não mais acreditar mais nesse País.
Seguirei a receita e tenho certeza que ficará deliciosa.
Obrigada!
Claudia Souza
São receitas testadas há anos….Espero que goste. No final de semana tem mais. Obriogado por estar conosco. RL